Parando para analisar os expressivos números obtidos pelo ensino a distância a partir dos dados do Censo da Educação Superior de 2022, divulgado nos últimos dias, chegamos em 3 reflexões complementares muito importantes, além do eBook disponível abaixo.
Nesse eBook você vai encontrar os seguintes tópicos de análise feitos a partir do Censo:
Agora, vamos as 3 reflexões complementares:
Se sua operação tem “receita” como métrica principal para sustentabilidade financeira, prepare-se para tempos não muito fáceis: em comparação com 2021, o mercado de educação superior particular “encolheu” 3.1% no total de receita líquida gerada mês a mês. Ou seja, o grande volume de matrículas em EaD (ainda) não supera a perda de ticket no total do país. Por isso, para manter sua operação saudável, foque em eficiência operacional, mire margens (não receita) maiores e acerte a equação de modelagem acadêmica inteligente e voltada para o aluno.
Há cursos que são presenciais e devem ser protegidos pela forma como você os oferta (ex. Direito, Psico, Odonto, entre outros e não são só os regulados), outros que despontam e permitem a oferta em múltiplos formatos (TI, com sua carro-chefe, Análise e Desenvolvimento de Sistemas) e, no EaD, a “cauda longa” rege o sucesso da sua IES – a escala começa a se ganhar com produto, não com polos.
Ou seja, é redundante dizer que sua IES precisa aprender a entrar neste jogo. Mas por que isso ocorre? Simples, nossa sociodemografia “define” o padrão de oferta que cresce: atualmente, 8 entre 10 alunos que buscam o ensino superior podem investir mensalmente até R$ 500. Portanto, à medida que não temos políticas públicas que maximizem o acesso à educação de forma efetiva, o EaD faz as suas vezes. E ele funciona: entre 2021 e 2022, aumentamos em 3.6pp o volume de alunos matriculados em cursos superiores em nossa população total (atingindo 42.2% de penetração bruta).